Para projetar a dívida do Estado do Rio Grande do Sul utilizando as ferramentas disponíveis em R, em termos reais e sem regra de correção, é essencial criar um código que considere diferentes modalidades de contratos financeiros e aplique metodologias específicas de cálculo para as tabelas de amortizações dos empréstimos contratados. O código deve ser capaz de lidar com contratos nacionais e internacionais, tanto dentro quanto fora do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O desenvolvimento desse código envolve várias etapas, incluindo a importação de bibliotecas essenciais para a manipulação de dados financeiros, a criação de funções específicas para diferentes sistemas de amortização, e a consolidação dos resultados em um formato que permita uma análise abrangente e precisa da dívida.
Primeiramente, a importação das bibliotecas adequadas, como dplyr, lubridate, tidyverse e xts, é fundamental para a manipulação e análise dos dados temporais. Em seguida, é necessário desenvolver funções específicas para calcular os fluxos de caixa de diferentes tipos de contratos financeiros. Por exemplo, uma função para cálculo no Sistema de Amortização Constante (SAC) deve ser projetada para calcular parcelas de amortização, juros, saldo devedor e prestações ao longo do tempo. Similarmente, funções específicas devem ser desenvolvidas para lidar com contratos internacionais fora do RRF, considerando pagamentos semestrais, e para contratos internacionais incluídos no RRF, que podem ter cronogramas de amortização fixos ou customizados.
Sistema de Amortização Constante
Uma função para cálculo no Sistema de Amortização Constante (SAC) deve ser usada para calcular o fluxo de caixa de empréstimos que utilizam este sistema. Este sistema é caracterizado por parcelas de amortização constantes ao longo do tempo, o que implica que o valor das prestações decresce ao longo do período de pagamento, uma vez que a parcela de juros diminui conforme o saldo devedor é amortizado. Especificamente, a função deve tomar como entrada a data de início, a data de término, o período de carência, o valor principal do empréstimo, a taxa de juros mensal e o nome do contrato. Em seguida, devem ser calculados os valores mensais de juros, amortização, saldo devedor e prestações, consolidando esses valores em um objeto xts para facilitar a análise temporal dos dados financeiros.
Contratos Internacionais Fora do Regime de Recuperação Fiscal (RRF)
Para os contratos internacionais que estão fora do RRF, deve-se utilizar outra função que considera um cronograma de pagamentos semestrais, ajustando os cálculos de juros, amortização, saldo devedor e prestações de acordo com a periodicidade dos pagamentos. Os parâmetros de entrada devem incluir a data de início, a data de término, o valor principal, a taxa de juros, o mês do primeiro pagamento e o nome do contrato. A função deve ser adaptada para calcular os fluxos de caixa semestrais, criando também um objeto xts consolidado.
Contratos Internacionais Incluídos no RRF
Para contratos internacionais que estão incluídos no RRF e têm um cronograma de amortização específico, deve-se empregar uma nova função projetada para lidar com cronogramas de pagamentos customizados e incorporar um cronograma de amortização detalhado fornecido pelo usuário. Os parâmetros de entrada devem ser similares aos utilizados na função para contratos internacionais fora do RRF, mas devem incluir um cronograma de amortização. A função deve calcular os valores de juros, amortização, saldo devedor e prestações conforme o cronograma especificado, consolidando os resultados em um objeto xts.
Regime de Recuperação Fiscal
Para os contratos sujeitos ao Regime de Recuperação Fiscal, devem ser utilizadas várias funções específicas. Uma função deve calcular as prestações fixas sem os redutores escalonados, enquanto outra deve ajustar as prestações ao longo do tempo de acordo com redutores específicos. Outra função deve lidar com a incorporação de valores específicos durante o período de amortização. Cada uma delas deve receber parâmetros que incluem a data de início, o valor do principal, a taxa de juros, o número de períodos e o nome do contrato, além de parâmetros adicionais específicos para cada tipo de cálculo. Ambas devem produzir objetos xts que contêm os fluxos de caixa detalhados para cada tipo de contrato.
Consolidação dos Dados
Os resultados consolidados devem ser combinados em objetos xts e posteriormente convertidos em data frames para facilitar a análise e exportação. A consolidação permite calcular as somas totais de amortização, juros, prestações e saldo devedor para todos os contratos, tanto aqueles incluídos quanto aqueles fora do RRF. Os dados consolidados devem ser então exportados para arquivos Excel, proporcionando uma visão abrangente e detalhada dos fluxos de caixa associados aos diferentes contratos financeiros.
Em suma, o código deve exemplificar a aplicação de metodologias financeiras rigorosas para calcular e analisar os fluxos de caixa de diversos tipos de contratos financeiros, fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões financeiras informadas e a gestão eficaz de portfólios de empréstimos.
