A educação pública tem sido objeto de preocupação para a sociedade gaúcha. Contraditoriamente, os gastos em educação não cresceram com a elevação da renda estadual e a reforma do atual sistema de ensino tem sido difícil, devido aos interesses envolvidos e à persistente crise fiscal do Estado. São recorrentes as críticas à falta de eficiência na gestão dos recursos públicos destinados à educação e à queda contínua dos salários dos professores. Enfocando nossa análise sobre esses dois aspectos essenciais, os números obtidos são surpreendentes. Analisando a evolução dos gastos públicos no RS, por funções orçamentárias, pode-se medir para onde se destinaram os recursos públicos nos últimos 24 anos (1975-1998).
Os gastos em educação foram os que mais perderam participação relativa na repartição do bolo orçamentário. Tomando-se dois períodos como referência, nota-se que a participação relativa média, no período 1975-1978, foi de 25,1% no conjunto total da despesa, reduzindo-se para 13,9%, em 1995-98. Uma queda percentual de 11,2 pontos percentuais no decorrer de 24 anos. Em termos do PiB estadual, a participação era de 2,0%, contra 1,4% em 1995-98, acusando queda de 0,6 pontos percentuais.
CALAZANS, Roberto B.; BRUNET, J.F. Aonde Vai a Educação do Rio Grande do Sul – I ? Gazeta Mercantil. 28/06/99. Comentários na Coluna “Panorama Econômico”, Denise Nunes, Correio do Povo, dias 25.06.99 e 28.06.99.Disponível na Internet via WWW http://www.sindaf.com.br/artigos técnicos.