Investimentos estaduais

 
O governador Tarso disse (segundo Zero Hora de hoje, 16/08/2013, p.10) que investirá em seu governo o equivalente a 17,9% da receita corrente líquida do Estado e que nos governos Germano Rigoto e Yeda Crusius os investimentos teriam sido de 6% e 5%, respectivamente.
Faço os esclarecimentos a seguir, em respeito à história das finanças estaduais, que não pode ser modificada ao sabor dos interesses administrativos ou políticos.
A Tabela no final mostra os investimentos por governo na relação referida, onde se constata que esse nível de investimentos só era possível na década 70 ou 80 do século passado, quando havia a ajuda da inflação, os gastos com previdência eram bem menores ou havia alguma margem de endividamento.
O Governo Britto conseguiu alto nível de investimentos com recursos de privatização. A partir de 1999, a margem para investimentos foi negativa (média de -2,3%), inclusive no atual governo. Tudo o que foi realizado foi com recursos de empréstimos e saques do caixa único, que, até o final do atual governo, atingirão a cifra de R$ 14 bilhões em valores presentes.
O governo Yeda usou pouco o caixa único, mas contou com uma boa arrecadação e com a venda de ações do Banrisul, embora tenha feito também grande contenção de despesa.

 

Para o atual exercício, por estar em andamento, informamos que o orçamento prevê 9,1% da RCL, sendo 3,4% decorrente de empréstimos, 1,8% de transferências federais e apenas 3,4% com recursos próprios que, como sói ocorrer, nunca são realizados na íntegra.
 

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