Fundo de pensão é coisa séria

Relativamente às notícias da disputa de dois partidos políticos para ocupar a diretoria de Fundo de Pensão de Furnas, deve ser dito o seguinte.
O problema previdenciário significará para a sociedade, o mesmo que a poluição e a carência de água potável representarão para humanidade no futuro.
O sistema previdenciário brasileiro, como o da maioria dos países, está estruturado sob o regime de repartição, em que os trabalhadores de hoje pagam os atuais aposentados e pensionistas, esperando que as gerações futuras lhe façam o mesmo.
Como, cada vez mais reduz-se o número de contribuintes em relação ao de beneficiários, o sistema entra em desequilíbrio. É o caso do INSS, onde essa relação é menos de dois por um e dos servidores públicos do Estado do RS, que se aproxima de um por um.
A solução está na criação dos fundos complementares de previdência, para a manutenção das aposentadorias e pensões de valor acima do teto do INSS, tanto na iniciativa privada como no serviço público, para os novos servidores.
No serviço público, a criação de fundos de previdência complementar é medida que se impõe, sob pena de, no futuro, os governos deixarem de ter recursos para o atendimento das necessidades básicas, como para educação, saúde e investimentos, como já está ocorrendo. Por isso, tudo deve ser feito para que esses fundos não caiam em descrédito.
Como deles dependerá a sobrevivência futura das pessoas, sua administração deve ser caracterizada pela competência técnica e pela honestidade.
Suas administrações não podem ficar sob o livre jogo de nomeações políticas, propiciando aplicações bilionárias em bancos que não possuem as garantias necessárias para a salvaguarda dos recursos aplicados, visando apenas o interesse pessoal.
Por isso, não há o menor cabimento fazer designação política para o fundo em questão, eis que um dos partidos que está pleiteando essa indicação, o PMDB, foi denunciado recentemente por um importante líder pertencente às suas fileiras, da existência de muitos corruptos em seus quadros.
Quanto ao segundo partido, o PT, basta lembrar o mensalão, quando as compras de políticos para votar a favor do governo foram feitas, em muitos casos, com recursos de fundos de pensão. Pelo menos, foi isso que imprensa denunciou à época.
Fundo de pensão é coisa séria demais para receber esse tratamento!

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